"Todo menino quer ser homem, todo homem quer ser rei, todo rei quer ser deus, só Deus quis ser menino". Leonardo Boff, teólogo.
O teólogo Leonardo Boff sintetiza de forma magistral toda ação divina-eterna de reconecção com a humanidade. Em uma época como essa, fala-se muito do "menino que nos nasceu, um filho se nos deu e o principado está sobre seus ombros, e o seu nome será maravilhoso, conselheiro, Deus forte, pai da eternidade?" (profeta Isaías, capítulo 9, versículo 6). Nada mais, nada menos que um anúncio da chegada do tão esperado Messias, o salvador de todos.
Outro dia, uma trend do Instagram ganhou notoriedade com sua música-chiclé: "Eu vou orar pra Deus queimar teu celular?", o que, sem percebermos, transforma o Príncipe da Paz num mostro sem escrúpulos destruidor de celulares inocentes, quando na verdade, tudo que Ele quer é ser o Pai Nosso.
Deus, quando decide ser menino, contraria toda a correria meritocrática humana, e opta por se limitar ao tempo, espaço e pessoas odiosas, sendo que está infinitamente acima de todas essas coisas.
A pergunta que faço é: "por que Ele fez isso?" Resposta simples: Por amor!
Não temos acesso a um Deus anual que se confunde com o Noel, temos um Deus que nos ama apesar de nós mesmos; independente da época, razão ou circunstâncias.
Objeção: "Mas, não sou digno de ser amado!"
Réplica: Não é questão de dignidade, é questão de favor imerecido vindo dos céus. E isso é a máxima do Natal, um Menino-Deus que escolhe amar mesmo que não seja amado.
Portanto, neste Natal e, em todos os demais dias de suas vidas, caros leitores, lembrem de um Deus-Menino Todo-Poderoso e também Todo-Amoroso. E, desta forma, vivam em função desse amor incondicional que nos oferece sentido para prosseguir na existência e comemorarmos Natais, Páscoas, sábados, domingos, junto a todos os demais dias que o sol der a honra de nos acordar.
Feliz época em que você ler esse texto! Amém!
Texto: Arnoldo Machado
Palestrante ativacional